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quinta-feira, 30 de março de 2023

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE - PARTE 09

Benefícios da dança do ventre – parte 09 – definição da cintura

Muitas pessoas dizem, erroneamente, que a dança do ventre “dá barriga”, e isso é mito! A dança do ventre, como uma atividade aeróbica, ajuda a queimar calorias, então não “dá barriga”, e ao mesmo tempo, as praticantes podem ser gordinhas ou magrinhas, tanto faz. Não é o tipo físico que facilita ou dificulta na execução dos movimentos, mas sim o tempo que essas mulheres dedicam à dança.

Alguns movimentos da dança do ventre como, por exemplo, o twist ajudam a afinar a cintura. Além disso, o shimmy vertical também tem o mesmo resultado, e pude comprovar no meu próprio corpo: depois de dois anos treinando o shimmy diariamente por cinco minutos, constatei que a minha cintura afinou mais ainda!

Além de deixar a mulher com a cintura mais definida, a dança do ventre ajuda a fortalecer os músculos abdominais. Isso se deve ao fato de trabalharmos a contração dos músculos desta região. Esse trabalho é não apenas da musculatura externa, mais aparente, mas também da musculatura abdominal interna. A dança do ventre, na verdade, promove uma verdadeira massagem dos músculos dessa região, ajudando nas cólicas menstruais e no regulamento das funções intestinais, entre outros benefícios.

Espero que este texto tenha sido útil para você e, a cada semana, teremos mais textos sobre os benefícios da dança do ventre. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro "Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre", que está disponível nos formatos impresso e E-book.



sexta-feira, 24 de março de 2023

FOLCLORE - PARTE 07 - MAMBOUTI

Folclore – parte 07 – o mambouti 


Também conhecida como dança dos pescadores, o mambouti surgiu na região do Canal de Suez, no Egito, e originariamente era dançada só por homens. Essa dança começou a surgir durante a construção do Canal de Suez, entre os anos de 1859 e 1869. Como muitos trabalhadores do Canal de Suez eram estrangeiros, eles trouxeram sua bagagem cultural, e aconteceu uma mistura  com a cultura egípcia. Mais tarde, ainda devido à influência dos marinheiros ingleses, são incorporados passos de charleston à dança mambouti.

Mais tarde, essa modalidade foi incorporada por Mahmoud Reda ao repertório da Troupe Reda, e atualmente é executada por homens, mulheres e grupos mistos, e o traje geralmente vai fazer alusão às roupas usadas pelos marinheiros (a mulher pode escolher entre usar traje marinheiro ou vestido). 

Segundo a bailarina Hana Aisha, a palavra mambouti é devida da expressão inglesa “men boat”, que significa homens do barco, ou seja, marinheiros. Como o mambouti é uma dança que retrata o cotidiano dos marinheiros e pescadores, ela tem movimentos que fazem menção ao dia-a-dia deles. Assim, existem movimentos como lançar a rede, remar, etc. Essa modalidade de dança tem movimentos bem rápidos e animados, com saltos e até sapateado.

Uma das características das músicas usadas para o mambouti é o uso de instrumentos chamados semsemeya e tambura, que são liras (instrumentos de cordas, muito antigos). Também são utilizadas colheres para fazer sons, e essas colheres podem fazer marcações no corpo dos dançarinos. O kaff (bater de palmas) também é usado durante essa dança.

Estude folclore, de preferência com bons profissionais. Com certeza, você vai se encantar com essa modalidade e, além disso, vai agregar muito para a sua bailarina. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.

 

Fontes utilizadas:

Mahaila, Brysa. Os pilares da profissionalização em dança do ventre: história e folclore, volume 1. São Paulo: Kaleidoscópio de Ideias, 2016. Página 78.

Midlej, Luciana. Folclore árabe: cultura, arte e dança. Luciana Midlej e Melinda James. São Paulo: Kaleidoscópio de Ideias, 2017. Páginas 81 a 87.

https://www.revistaprosaversoearte.com/mambouty-a-danca-do-canal-de-suez-nati-alfaya/

http://hannaaisha.blogspot.com/2014/02/mambouty-danca-dos-pescadores-e.html

  


quarta-feira, 22 de março de 2023

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE - PARTE 08

Benefícios da dança do ventre – parte 08 – desenvolve a criatividade

Segundo o Dicionário Oxford, a criatividade é:

1.    inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc.

2.    qualidade ou característica de quem o do que é criativo.

Obviamente, existem pessoas que são extremamente criativas, e elas podem ser encontradas, na maioria das vezes, nas diversas linguagens artísticas: música, belas artes, cinema, teatro, dança, literatura... Quando esses artistas são extremamente criativos, chegam a realizar verdadeiras revoluções dentro da sua área de atuação.

Mesmo pessoas que aparentemente não seriam criativas, podem criar verdadeiras maravilhas. Quer um exemplo? Em 1959, um cirurgiã-dentista chamada Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich criou o escorredor de arroz, que é utilizado em todas as casas brasileiras. A criação desse objeto resultou da necessidade de se resolver um problema: impedir que o arroz, ao ser lavado, fosse desperdiçado na pia. Incrível, não é?

Geralmente, quem é criativo utiliza esse talento em mais de uma área. Assim, um cantor talentoso pode também enveredar pela pintura em tela. A arte é plural, e o artista se expressa por diversas maneiras.

Vamos retornar à definição de criatividade do dicionário? Está escrito assim: “natos ou adquiridos”. Isso quer dizer que a pessoa pode nascer com o dom da criatividade, mas esse dom pode ser adquirido, inclusive existem inúmeros artigos e livros sobre como desenvolver a sua criatividade.

A atividade física é extremamente benéfica para a nossa criatividade. Quando essa atividade física está ligada à música e dança, então, nem se fale. E na dança do ventre? Bem, trabalhamos a criatividade já nas primeiras aulas: a aluna começa a ter consciência de seu próprio corpo, como se expressar através dele, descobrir seus limites e ultrapassá-los.

Mais adiante, a aluna começa a participar das coreografias feitas pela professora, e colocará em prática, no palco, todos aqueles passos que aprendeu anteriormente nas aulas. Em seguida, a aluna vai se aventurar para criar a sua primeira coreografia, e é aí que a sua criatividade dará um salto de crescimento! E no improviso, então? É um exercício de pura criatividade.

É claro que esse é um processo que leva tempo, muitas vezes anos, mas asseguro a vocês que a criatividade está sempre presente em uma sala de aulas de dança. Não existe arte sem criatividade. Se você quer desenvolver essa habilidade, ou quer se expressar, venha para a dança do ventre! Faça parte desse mundo, que só tem benefícios. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.

 


 

sexta-feira, 17 de março de 2023

FOLCLORE - PARTE 06 - DANÇA NÚBIA

Folclore - parte 06 - dança núbia


O povo núbio é muito antigo! Há 300 mil anos atrás, já existiam seres humanos habitando a região. Como a Núbia está localizada entre o sul do Egito e o norte do Sudão, eles sofreram muita influência dos antigos povos egípcios, inclusive existiram até faraós núbios, os chamados Faraós Negros.

Uma característica desse povo é a beleza de sua arquitetura. Embora sejam pessoas pobres, as casas de uma vila núbia utilizam uma linda mistura de cores e desenhos geométricos. Os núbios têm uma cultura muito antiga, e fazem questão de manter suas tradições como, por exemplo, as suas músicas e danças tradicionais. 

A dança núbia pode ser dançada por homens, mulheres e grupos mistos. As músicas são alegres e, da mesma forma que na dança hagalla, são utilizadas as palmas (kaff) para marcar a música. Nos anos 1970, Mahmoud Reda, junto com seu grupo, levou a dança núbia aos palcos, e é essa versão que nós conhecemos. É uma dança gostosa de ver e de dançar. Segundo a bailarina Nati Alfaya:

“A dança núbia é simples e alegre, movimentos fluidos, relaxados e até despretensiosos, além de muitas vezes imitarem movimentos de animais. Por ser um povo mais aberto, tanto homens quanto mulheres dançam juntos, sem grandes divisões a respeito de passos ou acessórios apropriados para um ou para outro, mas obviamente que o humor da dança muda um pouco se é um homem ou uma mulher dançando.”

Dica de quem quer aprender a técnica dessa modalidade: atualmente no Brasil, existem DVDs e cursos didáticos on-line sobre o assunto. Estude folclore, de preferência com bons profissionais. Com certeza, você vai se encantar com essa modalidade e, além disso, vai agregar muito para a sua bailarina. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.

Fontes utilizadas:

Mahaila, Brysa. Os pilares da profissionalização em dança do ventre: história e folclore, volume 1. São Paulo: Kaleidoscópio de Ideias, 2016. Páginas 75 a 76.

Midlej, Luciana. Folclore árabe: cultura, arte e dança. Luciana Midlej e Melinda James. São Paulo: Kaleidoscópio de Ideias, 2017. Páginas 75 a 80.

https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAbios#:~:text=Eles%20atualmente%20vivem%20no%20que,no%20moderno%20Egito%20e%20Sud%C3%A3o.

https://www.seidenraupen.com/nubia-a-dinastia-dos-faraos-negros/

https://www.descobriregipto.com/musica-e-danca-nubia/#:~:text=A%20dan%C3%A7a%20N%C3%BAbia%20n%C3%A3o%20possui,a%20alguns%20movimentos%20de%20animais.

https://www.revistaprosaversoearte.com/alegria-no-deserto-o-povo-nubio-e-sua-danca-nati-alfaya/

http://dancadoventre-estudos.blogspot.com/2013/12/a-nubia.html?m=0




 

 

quarta-feira, 15 de março de 2023

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE - PARTE 07

Nos dias atuais, o ser humano convive com diversas situações causadoras de stress: cobranças excessivas no trabalho, problemas financeiros, demandas dos familiares, tarefas domésticas, desentendimentos com pessoas conhecidas ou desconhecidas, etc. 

Para a mulher, a situação é ainda mais complicada, pois muitas vezes ela tem uma carga dupla ou até mesmo tripla de tarefas. Muitas mulheres trabalham fora, cuidam da casa e dos filhos, tudo ao mesmo tempo. Em cada uma dessas situações, a mulher pode se deparar com acontecimentos geradores de ansiedade. 

Segundo a pediatra Ana Escobar, em situações de stress nosso corpo produz adrenalina e cortisol (hormônio do stress). Quando começamos a dançar, a adrenalina e o cortisol são gastos pelo coração e pelos músculos. Por fim, acontece a liberação de hormônios do prazer (endorfina, dopamina e serotonina). 

A dança do ventre, assim como outras atividades físicas, pode auxiliar, e muito, na diminuição do stress e da ansiedade. Na sala de aula (ou no palco), a mulher está conectada com ela mesma, e durante algumas horas se esquece de seus problemas. Tenho a absoluta convicção de que a dança é fator de saúde mental e emocional, e posso provar isso, após 15 anos dando aulas de dança do ventre. 

E então, o que você está esperando? Venha para a dança do ventre, e tenha mais qualidade de vida. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.

 


quarta-feira, 8 de março de 2023

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE - PARTE 06

Vamos falar sobre mais um benefício da prática da dança do ventre? Você sabia que as cólicas menstruais podem diminuir ou mesmo desaparecer com essa atividade? Pois é verdade, e posso dar o meu próprio testemunho a respeito disso. Há muitos anos atrás, eu tinha cólicas menstruais a cada dois meses: em um mês, eu tinha cólica, no outro não. Aquela dorzinha chata, sabe como é? Só que eu comecei a fazer aulas de dança do ventre, e depois de um tempo, nunca mais eu tive cólicas (ebaaaaaa!).

Tudo isso acontece devido ao trabalho de ondulação, contração e relaxamento dos músculos abdominais. Na dança do ventre, nós fazemos uma verdadeira massagem interna, e isso tem diversos benefícios: fim das cólicas menstruais, fortalecimento dos músculos abdominais, melhora das funções intestinais... Alguns ginecologistas chegam, inclusive, a indicar a dança do ventre às suas pacientes, para ajudar no tratamento de endometrioses.

Se você tem cólicas menstruais, faça dança do ventre. Pode ser que elas não desapareçam imediatamente, mas com o tempo isso acontecerá. E você sentirá inúmeros benefícios, que vão melhorar a sua saúde física, mental e emocional. Dança do ventre: tudo de bom!



 

sexta-feira, 3 de março de 2023

FOLCLORE - PARTE 05 - A DANÇA HAGALLA

Folclore - parte 05 - a dança hagalla 


Essa é uma das danças que foi pesquisada por Mahmoud Reda nos anos 1960, e em seguida levada aos palcos. A dança originária existe na região de Marsa Matruh (noroeste do Egito), bem como no leste da Líbia. É uma dança beduína, ou seja, de povos nômades, habitantes do deserto. De acordo com o blog “Dança Étnica Contemporânea Amaryllis”: 

“Em 1966, Reda realizou uma viagem até Marsa Martruh, com a intenção de pesquisar as danças em seu local de origem. Ao permanecer em um determinado local, Reda e seu grupo tomava parte nos eventos que aconteciam para aprender os movimentos, já que não existia um ensino formal dos estilos. A dança era aprendida através da observação e imitação.” 

Tradicionalmente, a dança hagalla era executada por uma dançarina e vários homens que simulavam disputar em si para que um deles fosse escolhido como noivo. Atualmente, a dança hagalla é costumeiramente dançada por mulheres, tanto em solos quanto em grupos. 

Os povos beduínos costumam usar seus trajes costumeiros em suas danças e festividades, mas por influência do trabalho da Troupe Reda, atualmente costuma-se dançar hagalla com um traje composto de muitas camadas: por cima do vestido, é colocada uma saia com vários babados para ressaltar os quadris. 

Características da dança hagalla: o uso de palmas e bater de pés (conhecido como kaff) para marcar a música; o passo básico (também conhecido como passo hagalla), que se utiliza da torção com desencaixe de um dos lados do quadril; é uma dança acelerada, com movimentos exagerados de quadril. 

Estude folclore, de preferência com bons profissionais. Com certeza, você vai se encantar com essa modalidade e, além disso, vai agregar muito para a sua bailarina. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.

 

Fontes utilizadas:

http://hannaaisha.blogspot.com/2010/12/danca-hagalla.html

http://isiszaharabellydance.blogspot.com/2010/02/hagalla-danca-das-mulheres-beduinas.html

http://grupoamaryllis.blogspot.com/2011/07/dancas-folcloricas-hagalla.html

https://www.revistaprosaversoearte.com/hegallah-corte-beduina-nati-alfaya/



  

quarta-feira, 1 de março de 2023

BENEFÍCIOS DA DANÇA DO VENTRE - PARTE 05

Esse é um dos benefícios mais gratificantes proveniente da prática da dança do ventre. Imagine só, fazer novas amizades com mulheres que têm o mesmo amor pela dança que você! 

Na sala de aula, existem alunas de todas as idades, profissões, nível econômico, escolaridade, gostos e hobbies. Se não fosse pela dança do ventre, muito provavelmente essas mulheres nunca teriam a chance de se encontrar.

Quando conhecemos pessoas com experiências diferentes das nossas – e trocamos ideias com elas -, crescemos como seres humanos. A diversidade é enriquecedora! Pense como o nosso mundo seria triste, se todos fossem exatamente iguais a nós... 

Com o decorrer das aulas, amizades verdadeiras se estabelecem na sala de aula, formando um círculo de apoio para os momentos bons e maus da vida. Esse círculo de amizade pode durar toda uma vida. Lógico que o papel da professora, nessas horas, é muito importante. A professora de dança precisa ser agregadora, evitando competição entre as alunas e resolvendo os conflitos que porventura surjam em sala de aula. O ideal é que o ambiente da escola seja agradável, não é mesmo? 

E aí, você que faz dança do ventre, fala pra mim: você fez boas amizades na dança? Certamente que sim! E, para quem nunca fez aulas de dança do ventre, e gostaria de fazer novas amizades, pode ter certeza de que isso irá acontecer a partir do momento em que você se matricular na escola mais próxima. 

Espero que este texto tenha sido útil para você e, a cada semana, teremos mais textos sobre os benefícios da dança do ventre. Eu sou Aziza Mahaila, professora, bailarina, coreógrafa e autora do livro “Dicas da Aziza para praticantes de Dança do Ventre”, que está disponível nos formatos impresso e E-book.